Ex- F1, Tarso Marques desabafa sobre covid-19: ”Em uma semana, meu pulmão estava 85% comprometido”

Após testar positivo para covid-19 de forma assintomática, TarsoMarques, designer, ex-piloto, apresentador e empresário sentiu a evolução rápida da doença. 

”Na primeira vez em que fui ao médico, pedi para fazer uma ressonância magnética e meu pulmão estava limpo, como o de um recém-nascido”.

A partir desta consulta, Tarso Marques voltou para casa a fim de permanecer isolado. Em cinco dias, teve uma febre de 39 graus e, por pressão da mãe, então voltou ao hospital. Ao fazer exames, foi alertado pelos médicos de que precisava ficar intubado pois já estava com o pulmão 85% comprometido.

‘Achei que era brincadeira. Sempre fui muito saudável, tinha uma boa alimentação, fazia atividade física.. Pensei que comigo não aconteceria nada. Eu me preocupava mesmo era com os meus pais”, afirma.

”Duas horas depois deste novo diagnóstico, já estava com falta de ar. Mais uma hora e já não conseguia respirar. Agora, nesta entrevista, ainda estou com 30% da capacidade dos pulmões”, avisa Tarso.

A recuperação

Uma vez que impactado com a dura recuperação, Marques hoje faz um alerta para aqueles que se recusam a acreditar no poder mortal provocado pelo vírus. ”Os três, quatro primeiros dias no hospital foi aquele terror. Você está ali praticamente morto. Vai te destruindo inteiro, é tanto remédio – a cada três horas vinha uma bandeja com injeção, corticóide.”, conta.

Além disso Tarso Marques ainda conta “Fiquei nove dias sem dormir, usava oxigênio no limite. E acontecia uma coisa atrás da outra – estômago dói, vem uma alergia do nada nas pernas, ainda estou cheio de manchas, fiquei soluçando por dois dias inteiros, tive uma dor de cabeça infernal”.

Depois de seis dias hospitalizado, ele sentia-se melhor, mas teve uma recaída. ‘‘O vírus vai atacando cada hora em um lugar. Parece que ele não desiste. E nesta noite achei que ia morrer, cheguei a fazer testamento. Fiquei assim mais dois dias. Quando comecei a melhor, à noite tinha medo de que aquela melhora era um alarme falso”.